Doze pancadas – e sobe o pano
Começa a peça: é mais um ano.
Palco vazio… Que será?
A peça é boa? É boa ou má?
Nunca se sabe, leitor amigo,
Mas ouve bem o que te digo.
Falando a sério, sem fantasias:
Um ano é feito de muitos dias.
Para levá-lo direito ao fim,
Para ganhá-lo, procede assim:
Sempre que um novo dia começa
Faz a ti mesmo esta promessa:
«O dia de hoje vai ser em cheio.
Horas de estudo ou de recreio,
Na escola, em casa, por toda a parte
Dia que passas, quero ganhar-te.»
E mãos à obra, sem mais demoras,
Que um dia é feito de muitas horas.
Mas se uma hora for mal gasta,
Estraga-se o dia, que tanto basta...
Dia após dia, mês após mês,
Lá vai o ano – e era uma vez!
Pensas que há tempo, que não há pressa…
Ah! Não te iludas! Vamos, começa!
Começa agora! Começa hoje
Que enquanto esperas o tempo foge.
Leitor amigo… Já sobe o pano!
Vive o teu dia! Ganha o teu ano!
Ester de Lemos
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